segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Poema 8


POEMA 8

Operário da palavra.
Como um pássaro que constrói seus ninhos pendurados em galhos finos...
E os tecem ao sabor do vento....
Emaranhado de fios,
E coisas,
Acasos,
Frágil estrutura que abrigue a vida.
Forte o suficiente para suportar os sentimentos humanos.
Valença,14122009 23:37

desejos

Desejos escorrem .
Homens caminham sobre a terra buscando.
O quer que seja, ou não seja.
Pouco importa!
Não é necessário ver para desejar.
Nem mesmo é necessário ser!
O ouro, ou seu brilho, somos aves que se encantam com reflexos.
No papel dá pra fazer um ninho e construir uma torre.
Nos diamantes, os olhos brilham.
Sibila uma mulher e qualquer coisa se faz.
Homens buscando sobre a terra caminham...
Talvez, um encontro.
Um nunca, outro jamais...

domingo, 15 de novembro de 2009

APELO

Se um dia ou noite,
Ao acaso,
Passeando por esta alameda sem fim,
De vários caminhos e becos.
E pararem de frete a esta casa.
E se verem beleza nela.
Batam!
Estou aqui... dentro, e nela há muitos comodos e salas.
Batam que estou aqui! e quero conversar, e mostrar fotos, contar casos.
Ou deixem bilhetes, cartas em baixo da porta.

POEMA Nº 7

A palavra escrita me intriga:
Seu poder de eternizar-se é incontestável, seja ela gravada em pedra ou no mais fino papiro.
Ela resiste.
Quando agrada,
Quando desagrada.
Atravessando milênios, fronteiras, ruas e a carne.
Tão rude como uma pedrada....
Tão cirúrgica quanto a lamina de uma espada...
Ela voa
Como águia ou borboleta...
Pouco importa,
Ela vai!
14/11/2009

domingo, 26 de julho de 2009

Dicas de filmes

O menino do pijama listrado.****
O leitor.****
E o caçador de pipas.*****

Poema nº 1



Perdi a palavra.
Fiquei sem atitude, fazer o que?
Se elas escorem pela boca feito baba de neném,
Tenho sorte, porque elas são puras o quanto possível podem ser puras as palavras.
Acho que elas entram pelos olhos em tons verdes,azuis e amarelas e vermelhas também e se misturam sem preconceito, nem mesmo querem se classificar.
Entram também pelo nariz, em ummmm, em ecos, de nojo, de gozo.
E definitivamente escorem pela boca.

Só Prá Pensar

Levei muito tempo para sentir alegria quando voltava de alguma viagem, falo daquela alegria de estar voltando para casa.
Valença agora é minha casa, e sua tambem morador da cidade e veja como esta nossa casa.... suas ruas veja se fosse o corredor de seu lar, alquem iria ser responsabilizado pela falta de extrutura do calçamento,... e nosso lindo Rio Una, será que ainda é lindo mesmo? ou só fica bonito quando a maré sobe?... é ainda consigo ver muito lixo boiando e aquelas bocas de esgoto despejando aquela coisa preta e fetida... um dia eu estava passeando no cais do "Tio" , ali perto do tento onde tem um esgoto enorme e fiquei olhando os peixes agulha nadando e de repente um deles se desviou dos demais e entrou no meio da água(lama) que saía do esgoto e imediatamente ele se revirou perdendo totalmente o equilíbio e foi afundando levado pela lama, sem reação.....
Sei e todos nós sabemos que será um investimento alto para resolver o probema da poluição no Rio Una.
Mas tenho um questinamento aos cidadãos de Valenca e tambem aos seus dirigentes, Já se fez um projeto viável e exequivel? que resgate a dignidade da orla , do rio, das ruas e do nome de Valença.

fogografias e ensaisos

Coisas que não se nota: Flor do Araçá

Macro do cravo da índia (P&)



Orquidea do quintal dos outros....





Orquidea do meu quintal



Poema 4



Poema 4
O mundo todo quer sentir o macio de sua tez...
Negros, brancos, índios e mulatos. Gente de toda cor...
Sentir seu perfume suave ao vento leve e entorpecente e cada vez sua necessidade física e moral perturba progressivamente.
Não há imune, de graus variados, cada um precisa de mais, como os carinhos de uma mulher que se deseja sem se importar onde e quando e quem.
Desfalecemos todos procurando como analfabetos palavras num dicionário, até sabemos que ela se encontra ali, mas temos que comer pagina por pagina para encontrar pelo gosto e então, a iluminada criatura saberá.
Dicionários são diferentes para cada devorador, se na primeira ou na ultima não se sabe, pode-se até pegar um que já tenha sido devorado sua tão esperada pagina.
Fodão-se!
Ela sabe!
Seus cabelos, seus pelos, seus cheiros, e suas entranhas, curvas e maciezas, seus lugares secos e seus lugares úmidos.
Ela sabe o próprio nome...!
Felicidade.

Desejo



Um dia de liberdade, não há filhos, esposa, não há perguntas, não ouço sons dos outros.
Quantos querem um dia diferente desse?
Quantos querem um dia desses?
Tudo se pode fazer sem culpa, sem temer olhares, ou passos que se aproximam.
Em tudo pode se sentir culpa, faltam os olhares e os passos que se aproximam.
Todos os desejos são simples e podem ser satisfeitos por um dia.
Apenas um dia em que os desejos pudessem ser satisfeitos simplesmente.
Eu quero um dia desses.


Papel sujo
Não entenderam os sinais e o julgaram...
Alguns sinais espalhados no branco, como a espuma da proa no azul sem fim que o barco deixa no mar... Há quem as entenda?
Sabei vós mestre das línguas, qual segredo escondido na sujeira contida na tinta sobre o papel? É sujo o papel ou a escrita? Como a fumaça turva o ar limpo, e em amplo espectro o destrói para o olhar e o cheirar.
Também em nos, os sinais se turvam e destroem o olhar, o pensar e a confiança.
E quem sabe dentre todos, como reparar tal estrago? quando profundo se lhe dá.
Cabem pontos de exclamação e reticências em cada conjectura posta a este julgamento de sinais.
Afortunado sábio que entendeu o branco papel que recebe a todos os sinais...

O que vale a pena?


Estando aqui sentado em frente ao mundo digital posso ir e vir a qual quer lugar e ver o que quiser do geito que desejar, seria a lampada de aladim, sem limitação dos desejos.

E quanto vale isso tudo que não é nada alem de ilusão?

E a vida passada frente ao nada que é rela nela não se pode pegar e viver é um perfume de frasco desigual, que exala ao sabor do vento ou da falta dele, apenas exala...

Quantos beijos não foram dados e não foram recebidos;

quantos ventos do sul não bateram em minha cara e não levaram meu cheiro a outros quatrantes;

quantas juras não foram feitas ....

Mas a vida assim é tão morna....